Não dá para segurar a paixão por moda. Nem o talento de criação. Felipe Rocha demonstra isto, brilhantemente. Depois de trabalhar com acessórios nas coleções da Célia Rodrigues, nos primórdios do Fashion Rio, Felipe desandou a dar consultorias e a trabalhar com polos criativos. O resultado – ou parte dele – está no espaço com designers baseadas no Rio e em outras regiões do estado. São trabalhos que tentam unir conceitos de design, artesanato e reciclagem, e me parece que a orientação do Felipe dá incentivo e confiança para estas criadoras. Ainda tem a contribuição na montagem do espaço, já que o próprio Felipe conseguiu caixas de papelão, montou, fez paredes e recortou bonecas com o mesmo material, para servirem de manequins.

Estas são as participantes do espaço Rio sem Fronteiras:

 

Vestido bordado nas bonecas de papelão, feitas pelo Felipe Rocha

Erika Facuri – ela é de Niterói, já trabalha algum tempo e agrada com seus vestidos em jérsei e seda, com decotes bordados com pedrarias coloridas.

Colares de cordão náutico e coral da Dayrell

Dayrell – este é o sobrenome da Fabiana, daqui do Rio, que cria bijus de pedrarias, cordões náuticos, corais (de verdade, lindos) e marchetaria

Carteira de tecido turco com pingentes, da TaiDai

TaiDai – Vânia, também do Rio, faz bolsas franjadas de miçangas, sacolas tramadas em ráfia, carteiras com tecido turco ou com pingentes coloridos

 Cantinho da Fiz de Contas, de Barra do Pirai

Fiz de Contas – um recanto foférrimo, onde são vistos objetos, bijuterias, colares, pufes, tudo reciclando material que iria para o lixo, pela Inês Lavinas, de Barra do Piraí. Aliás, Inês já está de olho nas caixas de papelão do lounge. Disse para o Felipe, “para mim, isto é um tesouro!”

Amostra dos bordados que devem enfeitar palas de camisas da Chris Silvares, de Valença

Chris Silvares – Christina ensina os pontos para o grupo Bordadeiras de Varginha, em Valença. Elas sabem o novo ponto rococó, os aquarelados e o ponto segredo, no crochê com linha Mercer. Bonita a camisaria com estes bordados em detalhes, feita com sobras de tecidos de marcas como a Richards.

Trama de tear manual na bolsa feita de barbante e fita cassete da Sandra Mendez, de Araruama

Sandra  Mendez – a bolsa de noite tem um brilho na trama. Verniz? Seda? Nada disso, é fita tape, aquela dos antigos cassetes, tramada com barbante! Sandra faz os tecidos no tear manual, em Araruama. Usa linhas coloridas, e o que encontrar para reciclar e virar bolsas, carteiras e tecidos.

Fotos Ines Rozario

Salão Bossa Nova – de 29 a 31 de julho no hotel Royal Tulip em São Conrado (Rio de Janeiro)