19h30
Sereias, à primeira vista. Na verdade, são Nefertitis, a beldade egípcia que motivou aq coleção do Samuel Cirnansck. Este tipo de moda sempre provoca polêmica – há quem seja contra, porque não gosta de roupa de festa, de luxo, de peruíces. Na hora que pinta um convite para um evento importante, sonha com um vestido destes. Isto é, se tiver corpo que sustente um top de tule transparente, com dois bojinhos cobrindo o busto e duas ombreirinhas esparsas nos ombros. Ou um corselet espartilhado, coberto de rendas aplicadas e rebordadas, repuxados de tules e pedrarias, as costas com as laçadas mal escondendo a pele.
Não é para qualquer deusa, tem que ser uma com atitude de rainha e habitué de spas e academias que garantem a boa forma. É uma moda que exige beleza, porque chama a atenção em qualquer ambiente. Seja pelo luxo, pela extravagância, pela peruíce, pela beleza e exagero, enfim.
Samuel, de camisa tropicalista, no final do desfile (fotos Iesa Rodrigues)
19h40
Ficha técnica
Direção criativa: Samuel Cirnansck
Direção executiva: Artur Freitas
Direção artística: Daniel Freire
Beleza: Celso Kamura
Trilha: João Karaah
Styling: Isabela Starling e Samuel Cirnansck
Intervalo / e lá vai o Facebook e os blogs sem noção declarando que este desfile era muito Paula Fernandes. E é isso que pega, no final / tem um negócio que não entendo: se esta mudança de data foi para ajudar na produção, por que não temos marcas que realmente produzem e vendem em atacado? Samuel, Pimenta e Fause, por exemplo, são marcas que precisam de tanta antecedência? Ou são participantes de emergência, que já tinham peças prontas para desfilar? Por que nâo convocar marcas comerciais, que aproveitariam objetivamente esta data? / Por mim e por toda a imprensa, a mudança significa termos férias em janeiro. De olho nos salões europeus e na alta costura de Paris, claro.