Elsa Schiaparelli não era costureira nem artista plástica. Mas nos anos 1930 redefiniu conceitos de moda e arte, graças à coleção Stop, Look & Listen (Pare, olhe e escute). Misturando Alta Costura, performances e colaboradores como Salvador Dali, ela ganhou fama pela ousadia nos modelos e por consagrar o rosa shocking como cor chic. Relógios moles, lagostas gigantes, frutas expressionistas, tudo era bordado ou pintado, como telas prontas para vestir.

Drapeado sai de um nó nas costas do paletó dourado, na Alta Costura criada por Jean Paul Goude para Schiaparelli

Depois de um tempo fora do circuito, a marca volta a lançar coleções assinadas por ninguém menos do que Jean-Paul Goude, fotógrafo, designer e diretor de cena muito próximo dos conceitos da fundadora da Maison. No currículo, Goude dirigiu o desfile do bicentenário da revolução francesa, cria as campanhas publicitárias da Galeries Lafayette e lançou Grace Jones.

Na moda Schiaparelli, Goude propõe a exprssão Sound & Vision (som e visão). Na alta Costura, os modelos refletem algumas obsessões de Elsa : os corações transpassados, os cadeados e a constelação da Ursa Maior.

Mesmo com estes ícones, que parecem esquisitos, surrealistas, o resultado é leve, tudo a ver com a mulher contemporânea. Há bordados de microestrelas de pluminhas, vestidos drapeados com trompe l´oeil de mãos segurando um colar de estrelas de cristal.

A alfaiataria inclui smokings que escondem amarrados drapeados nas costas, os paletós têm plumas saindo dos bolsos ou bordados de correntes inspirados em um modelo Schiaparelli de 1938. O trench de couro chamois tem cascata de corações bordados nas costas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nos acessórios, as bijuterias de vidro, cristal e latão são grandonas, as bolsas são enfeitadas por fechos em forma de cadeados.