A Fenin Fashion é um exemplo de profissionalismo no setor da moda. Como intermediárias entre a produção e o varejo, as feiras organizadas por Julio Viana, da ExpoVest, demonstraram que 2017 não foi um ano tão ruim assim.

Compradores circulam nos corredores da Fenin Fashion SP. A Pacific Blue é um dos destaques

_ Para nós, foi um ano bom: só cresci. Aumentei o número de expositores e nesta edição de inverno aqui em São Paulo estamos ocupando 18 mil metros quadrados no pavilhão principal do Anhembi. Começamos a fazer a Fenin em São Paulo com quatro mil metros quadrados! _ conta Julio, que atualmente monta quatro feiras de moda: em janeiro, uma de inverno em São Paulo e outra, em Gramado (de 23 a 26 de janeiro), uma de verão, em julho, em São Paulo e a novidade: (16 a 18 de junho) antes da Copa, mostra as modas no novo Centro de eventos de Camboriú, em Santa Catarina.

_ Será uma vibe diferente, já que, além dos expositores fiéis, teremos a participação de fabricantes de Santa Catarina, um estado ainda com muitas fábricas. A lista de espera está começando com 140 marcas! Camboriú tem excelente rede hoteleira, uma gastronomia muito variada. É uma cidade com 500 mil habitantes, que no verão chega a receber três milhões de pessoas. E mais uma vantagem: são três aeroportos possíveis: Navegantes (Itajaí), Florianópolis e Joinville.

Julio Viana

A agenda deste ano se refere aos dias da Copa do Mundo. “Tenho flexibilidade de datas, faço Camboriú antes e São Paulo, depois. Seria bobagem fazer evento durante a Copa. Os jogos do Brasil serão à tarde, não adianta nem botar telões, só atrapalharia os negócios.”

Com o Anhembi lotado de visitantes, a Fenin Fashion lança as coleções de inverno, com expositores e visitantes de todo o Brasil. O porte e o estilo dos espaços lembram os tempos áureos da Fenit, a feira promovida pela Alcântara Machado que fazia sucesso nos anos 1960/70.

Fotos Bill Lemos e Ines Rozario

E mais / muitas feiras diminuíram de tamanho no Brasil. Uma das razões é o custo, que derruba muitas intenções de participar. Uma marca de acessórios, por exemplo, chega a investir mais de R$ 3 milhões para mostrar as novidades, se precisar de um espaço de cerca de 500m2 / uma das qualidades da Fenin é o fato de sempre incluir uns 40% de nomes novos, que estão lá pela primeira vez / e o Rio de Janeiro, pode ter esperança de voltar a ter uma Fenin? Por enquanto, não. A cultura local é ocupar o espaço de presente. Feiras são rentáveis com a venda dos espaços. Não é tempo de fazer este tipo de investimento, pensando em um Futuro mais profissional.