O ícone da moda paulistana abriu a edição do inverno da São Paulo Fashion Week em grande estilo: o local foi o andar térreo do prédio da Prefeitura de São Paulo, junto ao Viaduto do Chá. Neste domingo nublado, o vento frio contribuiu para dar o clima da coleção. Não que fossem suéteres grossas e casacões, ítens que andam meio inúteis nos nossos invernos. Pelo contrário, são tecidos leves como sedas e fatetás, no máximo uma bela tricoline de cashmere e uma lã fina.

O tema Boudoir, envolvendo amores e sexo, foi desenvolvido de forma discreta. Claro, há um outro body transparente, com recortes exibindo seios ou bundas. Mas a parte que interessa, que pode mudar a maneira de vestir das adeptas de AH, é formada por camisolões com detalhes franzidos, vestidos com desenhos geométricos Art Deco, feitos com tiras de tule preto. Estes firam destaques do ponto de vista técnico, de alta moda. Para usar mesmo, destacam-se os vestidos pretos mais ajustados e as calças curtas, que são completadas por sapatos de salto fino e amarrações, assinados pela Arezzo.
Uma coleção na maioria severa, com coleiras e botões de grandes cristais para dar um brilho. A vantagem deste inverno de camisolões soltos? Eles vão vestir do XXS ao XXL! Este é o Futuro da moda sensata.

E mais / primeiro dia, parece que falta experiência na organização. Como se não tivessem passado 20 anos desde as primeiras edições. Confusão na entrada, empurra-empurra, o de sempre. O que não pode é pessoas com convite na mão e crachá de imprensa ouvir que não vai entrar porque o veículo dela não interessa ao evento. Surtou na pequena autoridade / boa ideia: o convite do Herchcovitch era um bilhete único recarregável. Disputado até depois do desfile. Muitos chiques se propondo a andar de ônibus ou metrô, só pra se exibir com o cartão fashion