Fause Haten

Sempre digo que vale sair de casa, ficar uma semana comendo quitutes de room service para ver certos eventos. Não que esta SPFW fosse carente de bons momentos, mas Fause Haten continua um show à parte.
primeira impressão é que seria apenas um showroom com acervo de várias temporadas. Mesa de docinhos, balcão de bebidas, flores vermelhas por toda parte e araras com vestidos reconhecíveis. E em determinado momento a assessoria avisou que haveria uma performance no fundo da sala.
Seguinte: para uma pequena plateia, Fause apresentou a coleção vestindo uma cliente, Flavia Sahyoun, tratada como A Condessa, como se estivessem no ateliê. Ela, de legging e veste preta, foi vestindo os casacos de moleton bordados, as saias com detalhes enviesados, poemas escritos, longos cobertos de cristais. Cada look merecia um toque de cabelo ou maquiagem, por Ricardo dos Anjos, enquanto um pianista arrasa a como fundo musical. e cada look era descrito por Fause com precisão.
Parece banal? Talvez só quem curte a moda como Arte entenda o valor desta apresentação. Um prestígio ser convidada, e uma sorte ter ido ver de perto o que o artista/estilista/costureiro Fause Haten criou.
Ah, esqueci: antes de começar a performance, Fause estava a postos na máquina de costura. Outra lacuna: ele canta e assina figurinos.
Nestes 20 anos de evento, ele nos surpreendeu, passou por altos e baixos, sempre de pé.

 

Foto Ines Rozario