Fotos Ines Rozario

 

Lagerfeld não veio, apenas o clima de música alta e o estilo que costuma mostrar na marca própria, a KL estavam presentes no salão do último andar da Bienal. Não era o Grand Palais, onde o estilista alemão mostra o trabalho feito para a Chanel, mas deu para entreter e dar conforto para a plateia. A maioria fez selfies envergando os colarinhos brancos deixados como brindes nos lugares.
E a história, como foi? Porque sempre rola um assunto nos desfiles dele. Bem, a partir de imagens do Pão de Açucar e do MAC, criaram um cenário e videos aliando o museu de Niterói a uma nave de teletransporte ou algo assim, com a bela Isabelli Fontana de protagonista. Um cenário montado copiava a arquitetura interna assinada pelo Niemeyer.
Só que a coleção foi bem pé na Terra. Saiotes pregueados de couro, jaquetinhas ajustadinhas, jeans e todas as calças de modelagem colante, um pied-de-poule estilizado, com perfilzinho do autor, camisetas com seu nome impresso em várias técnicas. Como gracinhas cobiçáveis, luvas de dirigir com metais, spikes, etc, capacetes de moto cobertos com os tecidos da coleção e a série de sacolas, bolsinhas e carteiras com símbolos parisienses (torre Eiffel, macarons,etc) ou com aplicações de figuras “famosas” como a gatinha Choupette, propriedade de Karl Lagerfeld.
Quando a última modelo passou, em lugar do autor de rabo de. cavalo branco e óculos pretos entraram vendedoras e assistentes da Riachuelo, empurrando araras e carrinhos repletos de caixas com estoques de peças da coleção para atender aos ansiosos consumidores. Assim, vimos que há mais cores no lançamento, azuis, rosas, além do preto e branco visto no desfile.
Bom, alguns candidatos a compras desistiram, decepcionados com os preços, caros para o que se esperava de uma loja deste porte.

E mais / será que tanto Lagerfeld como a Riachuelo não podiam ficar sem esta estratégia? Muita gente saiu do evento comparando estilo e qualidade com o trabalho desenvolvido por Alexandre Herchcovitch para a C&A / Herch saiu ganhando…