12h45

Resumindo: deu vontade de ir para Portugal! Tem repercussão mais direta? Porque Reinaldo Lourenço, inspirado nas coisas da terrinha, emocionou e deu um espetáculo de moda tão irrepreensível, que me lembrou aquela coleção flamenca, toda em couros.
Este estilista reina em São Paulo há algumas décadas (quatro, para ser precisa), mas poderia estar em qualquer polo lançador, só por esta coleção.
Do começo, com os vestidos pretos bordados em rendas, com mules bordadas, dignos das mulheres de Nazaré, até o mix de estampas tiradas de azulejos nada óbvios, nada daqueles azuis coloniais de sempre, tudo tão perfeito, que despertou a dúvida – caramba, como ele vai produzir estas maravilhas?
Sem radicalismos, silhuetas exageradas ou sensualidades dispensáveis, o desfile chegou ao final de listrados pregueados em vermelho e marfim, azul e marfim ou em preto, alternando listras bordadas com transparentes.
Nos complementos, sapatos (lindos) da Tches, bolsas retangulares pequenas, de fole (um dia consigo usar uma bolsinha destas, juro que vou diminuir a bagagem de todos os dias) e joias de bolas de ouro da Silvia Furmanovich.
Só um defeitinho: a sala Niemeyer tem uma linda vista para o parque do Ibirapuera, mas justamente os janelões provocam um contra-luz prejudicial à definição dos detalhes das roupas.

13h00

E mais / Iza Smith avisa: a Cori volta ao evento no ano que vem / Mara MacDowell veio ao desfile do Reinaldo. Foi muito bem nas vendas no Minas Trend e se prepara para participar do Fashion Business, a partir de terça-feira. Perguntada sobre a coleção de inverno que vai apresentar, hesitou. “Ih, deixa eu lembrar. Porque já estou trabalhando o verão!” / colega Heloisa Marra lança biografia do Padre Marcelo Rossi, pela Record. Pelo que ela comentou no café da manhã, é tipo tem-que-ler / ainda bem: sumiram as plataformas e meias-patas dos sapatos. Em compensação, as tiras das gladiadoras sobem até os joelhos