Literalmente, o Ronaldo entra no jogo. Inspirado em uniformes de futebol, mostrou no desfile com piso de marcação das linhas e traves, a série de listrados cortados, em proporções diferentes. Primeiro, mais próximos dos trajes de times, em camisas com escudos combinando com saiões rodados sobre shorts. Em preto e branco, vermelho e branco, ao som de músicas típicas do universo futebolístico, como Fio Maravilha, Que bonito é, em ritmo de tango.

Um segundo bloco de estampas de hexágonos, que é a forma dos gomos das bolsas oficiais. Na moda, a estampa em preto e branco ganha partes em vermelho, formam flores em saiões rodados.

Em seguida, versões com mais brilhos, modelos mais secos, longos. E no final, uma trama de listras horizontais multicoloridas em vestidos curtos.

Gostei dos paletozinhos do início, acho promissoras as saias sobre shorts, sem tantas listras.

O desfile foi um tanto básico. Do Ronaldo Fraga sempre esperamos algo próximo de uma apoteose, um cenário, uma iluminação com drama, teatral. Ninguém espera dele uma moda comercial, uma coleção friamente desfilada. Mas foi o que se viu, apesar dos tangos, do futebol, dos jogadores no final – parece que Ronaldo aderiu ao jogo da pasteurização da apresentação.

Fotos Terra