A gente até estranha, em meio a tantos longos e mullets, quando encara uma proposta toda curta, curtíssima. Como se fosse um guarda-roupa clássico, com duas-peças, saias, vestidos, mas tudo um palmo acima dos joelhos. Um palmo dos grandes, porque as pernas das modelos são longas. Helô Borges pensou em viagens ao redor do mundo, das antigas, com direito a balões, astrolábios, flores barrocas, mapas, usados nas estampas exclusivas, em fundo preto ou claro, em tecidos armados, que deram boa queda ás sainhas estampadas. Os desenhos coloridos são acompanhados por peças pretas, como saias de pregas, regatinhas, blusas sem mangas e botinhas altas, peep toe, de python colorido. Não podia faltar a viagem por mar, representada por padrão de cordas e correntes em calças e blusas estilo lenço.
No final, as modelos subiram a escadaria tipo Folies Bergere no fundo da sala. Mal se ajeitaram nos degraus, formando o painel geral da coleção, a Helô veio para os agradecimentos, todas desceram a escada e foram embora. Há mais três desfiles a serem feitos.
16h20

Intervalo / hoje não há fichas técnicas. Dá pena, porque não são divulgados os nomes de quem trabalhou para fazer o show / no começo, a escadaria virou suporte para a projeção dos temas das estampas. Ficou bom, aliás todas as projeções melhoraram muito, tanto a da Têca como a da Ellus e da Osklen / os acessórios, colares e bolsinhas são da Ado Atelier, de Minas Gerais, das designers Fernanda Dubai e Tatiana Azzi. Elas desenvolvem produtos para o museu de Inhotim e para Fernanda Yamamoto, além da Têca (www.adoatelier.com)

16h10