Moda masculina é papo difícil no mundo inteiro. Aos poucos, vamos evoluindo no mercado brasileiro, graças às idéias de alguns jovens criadores, amparados pelos mais experientes e poderosos. É o caso da V. Rom, que entrou para o grupo Cavalera e não sumiu. Ficou mais forte e se diferencia da marca-matriz por ser mais cool, muito menos street. É para gente que entende que roupa com jeito de usada e amarfanhada tem uma elegância, que aceita que a braguilha seja um pouco deslocada de sua impávida posição clássica. Portanto, a marca fez um inverno com peças clássicas alteradas no tamanho ou no acabamento. O blusão de nylon é encurtado, quase vira um bustiê. A calça é manchada, assim como as bermudas.
Já a saia é outro assunto. Na V. Rom foi vista desabotoada, desmontada, aos passos largos dos modelos. Será que assim pega em mais do que meia dúzia de adeptos?

Intervalo / deu certo o elenco combinando gente “normal” com os modelos profissionais / um heroísmo, fazer moda masculina, não é? Mesmo em eventos de moda, quando se analisa o figurino dos convidados, o máximo que se nota é uma sobreposição de coletes, uma gravatinha borboleta meio deslocada. Não tem um babado, um plissado, um lacinho.
Fotos Ines Rozario