Melhorando a cada edição, o Veste Rio abriu com desfiles de novos talentos _
marcas inéditas e outras com prazo de cinco anos para participar deste elenco
considerado novo. O salão de negócios cresceu e ficou mais bonito, com espaços
atraentes e coleções sensatas. Um exemplo, a primeira experiência da Bianca
Gibbon nas vendas por atacado, com peças que estilizam e feminizam a linha
militar. Do setor de outlet não comento nada, porque são modelos de coleções
passadas, vale mais como matéria econômica, para contar a quantas anda o poder
de compras das consumidoras. Até domingo, dia 29, último dia do evento,
teremos esta conta feita.
O local funcionou muito bem, ocupando três armazéns do Porto, com ponto do
VLT em frente _ dali, basta seguir até a Cinelândia ou Carioca, e pegar o metrô,
para se livrar dos possíveis engarrafamentos. Possíveis é otimismo: são infalíveis.
O trabalho da assessoria, impecável, sem provocar tumulto no credenciamento e
entrada da imprensa. O projeto da passarela é que ficou meio esquisito, por falta
de acessos aos lugares distantes da entrada. Os convidados escalavam a passarela
_ espero que tenha sido a lição prática para quem insiste em ir a eventos de moda
com saltos altos.
E mais / a plateia insiste em esticar o braço com celular para fotografar _ ou pior,
filmar! os desfiles. Mais incrível ainda, que são braços de profissionais de
assessorias e de imprensa de moda. Não sacam que atrapalham com os fotógrafos
que lidam com as câmeras de verdade? E fica aquele monte de mãos nas fotos /
bom sinal: sala cheia nos desfiles da tarde, dedicados às marcas consagradas.
Normalmente, o Rio tem uma plateia cool, que não dá muita importância a
eventos de moda. Como diria Roberto Levacov, aqui as pessoas se acham grifes.