Um bom motivo para ir até Viena: visitar o Museu do Terceiro Homem. Ok, explico tudo. Este é um filme de 1949, com roteiro assinado por Graham Greene, sobre os tempos sombrios do pós-guerra, em Viena. Além da música de abertura, daquelas que não sai da mente, com o austríaco Anton Karas tocando cítara, o filme conta com Orson Welles no elenco, o que já motiva a pesquisa em plataformas para assistir.
O prédio do Museu do Terceiro Homem
Para a cidade e para a história do cinema, o Terceiro Homem (Der dritte Mann, em alemão) é tão importante que existe um Museu dedicado a ele, na própria Viena. A exposição inclui cartazes do mundo inteiro, recantos lembrando cenas do filme e até a cítara do Anton Karas. Uma história bonitinha do músico: um viajante viu que ele tocava a cítara na rua, cercado de turistas e passantes. O tal viajante ficou com pena, por ver um cara tão famoso como músico de rua. Mas quando falou com o suposto pobre, recebeu um sorriso. “Estou tocando aqui porque as pessoas gostam. Sou dono deste restaurante aqui atrás”, respondeu o Karas. Que bom.
A cítara que aparece na abertura do filme
Voltando ao museu, há fotos de cenas nos esgotos (acho que eram esgotos, já não tenho certeza), na roda gigante do Prater, e toda a atmosfera noir criada pelo diretor Carol Reed. Uma boa ideia é seguir um tour Vip, de 75 minutos, o preço para grupo de uma a 10 pessoas custa 170 euros, cada pessoa a mais custa 17 euros. A entrada para o Museu custa R$ 76,78,segundo o site.
O ambiente noir do filme
Orson Welles, ator no filme
Viena é uma bela cidade, com monumentos e detalhes em Art Nouveau quase tudo do Hundertwasser. A catedral de Santo Estêvão, uma das góticas mais atingidas pelos ataques da Segunda Guerra (quando estive lá, estava semi-destruída, já está perfeita,refeita) é uma das visitas obrigatórias. Quem gosta de palácios reserve uma tarde para o Schönbrunn _ confesso que tenho uma certa preguiça destes lugares. Nunca fui a Versalhes!
A roda gigante do Pratter, parque de diversões em uma cena