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O próprio Walter já faz carinha e dizendo “ah, mas você gosta sempre, não é?”, e ri. Nem escondo que sou fã do trabalho dele, desde o começo. Agora, desta vez, ele extrapolou: fez tudo o que a gente quer: roupa prática, confortável, daquelas que já imaginamos dentro da mala, pronta para rodar o mundo, voltar para casa e ainda vestir por no mínimo cinco anos. Gostei de saber que a Raquel Chreem é exclusiva dele, aqui na Alberta (shopping Leblon).
O que foi, enfim: primeiro, quase todo em preto (sem erro), calças curtas e botas de cano longo e fecho atrás ( da Madre) – ok, alongaria as calças. Casacos de crepe com fecho de alto a baixo e capuz, listras fininhas em tricô, camisetas com estampas de personagens do livro inspirador, Viagem ao Afeganistão, de Arthur Omar – são cabeças meio linotipadas, estampas da Oficina do Bem, de Fortaleza, uma das muitas instituições ajudadas pelo Walter. O luxo máximo que a sobriedade permite é o casaco longo, com folhas de musseline aplicadas, impactante. Deixei o mais incrível para o final. Se vocês acompanham estas conversas de desfiles há algum tempo, sabem que detesto alguns detalhes. Primeiro, franjas. Segundo, poncho e pelerines. Apesar de capricorniana e meio teimosa, mudo de idéia (caso contrário, estaria fazendo o que, na moda?). Um desfile do Alexandre McQueen me convenceu que franjas tinham vez, com um encanto western, tirou aquela impressão de melindrosa e de roupa que se embaralha quando a usuária sai do carro. Hoje, foi o Walter, que me deixou em delírio com os ponchos pretos. Demaaaais, tipo tem-que-ter. Curtos, longos, até com capuz, dá para fazer coleção.

Intervalo / tenho uma sala no Fashion Business, junto com a Fabiana, da Myth. Tem maquiador, comidinhas, DJ, Beto Bardawil, o André do Carmo, os meninos do bufê Estilo Gourmet (tem gente que vem aqui só para ver de perto os lindos ), o Ari Kaye, fotógrafo filho do meu querido