Lilica Ripilica
Dizer que o desfile é fofo, fica óbvio. A apresentação da marca globalizada original de Santa Catarina superou o estágio da fofura e merece abrir o Fashion Rio. Pelo profissionalismo que começa no cenário de conchas e estrelas do mar presas em paredão submerso de pedra, assinado pelo grupo Galpão, pelo trabalho da equipe de beleza, que não poupou cristais e babyliss nas menininhas, chefiada pela gaúcha Zélia Lewandowski, à frente da turma do salão Mirage, e pela produção geral da Madeleine Muller.
Este é um cuidado que merece citação, porque um desfile que reúne crianças e moda infantil nem sempre recebe o respeito devido na organização. Mas a Lilica liderada por Giuliano Donini vem com tudo. Inclusive as tendências da alta moda internacional: mais volume nas roupas, com barras de saia e calças levemente franzidas, misturas de jeans e algodões em cores claras. Cartela em rosa, verde, azul, acessórios em forma de anêmonas (as flores do mar) e assimetrias nas camisetas e saias são destaques. Pronto para virar mania entre as meninas, o vestido tubo, com pregas na barra.
Acessórios: sandálias de dedo, tiras fininhas, sapatos de pulseira nas cores da coleção, bolsas em forma de anêmonas, algas e uma retangular, rosa, ótima. Assim como na coleção de inverno, quando as botas despertaram a cobiça das mães, tias e cia., agora são os chapéus, em tecido, que devem ser disputados
Destaque: camisetas de mangas bufantes, com um entalhe ou aplicação de um lado só da cintura.

Rodapé / na coletiva de abertura do evento, Eloysa Simão mais uma vez impressiona pela rapidez de raciocício e clareza de respostas. Vestiu mantô Tufi Duek, botas Maria Bonita e bolsa da Anny Hichmache / Sylvia Pfeifer hesitou um pouco como mediadora, mas está linda, simpática e definitivamente de volta ao Rio, depois das temporadas européias. Vestia saia evasê e jaqueta Maria Bonita / Fernando Pimentel, o diretor da ABIT, estava em Blumenau na semana passada, na Tex Fair, pegou carona com Josué Gomes da Silva, da Coteminas, voltou a São Paulo e hoje está na Marina da Glória. Todo de Richards, falou sobre o Purê Cotton Brazil, o algodão premium que vai competir com o egípcio e o pima / Eloysa destacou uma das grandes qualidades deste tipo de evento. “Foram criados novos modelos de profissionais, como os stylists, que dão o código da moda às coleções; o marketing, os coordenadores de camarim /

Uma boa: a Oi procura VJs. Os testes são feitos no lounge da empresa. Vamos lá, pessoal, quem sabe pinta um job legal? / Outra da Oi (e eles são patrocinadores master do Fashion Rio, não deste blog): o programa Rock Bola vai falar do evento, diariamente, das 20 às 21h, do mesmo jeitão irreverente com que tratam o esporte. A ver, na Oi FM, no 102.9 / uma grande empresa de linhos está prestes a voltar ao mercado / segundo Fernando Pimentel, o Brasil tem 12 universidades e mais de 70 escolas de moda. Infelizmente, aqui no Rio acabamos de perder um grande professor de Indumentária, matéria essencial, o Paulo Leite, que cativava os alunos do Senai Cetiqt / Sergio Malta, do Sebrae, convocou a platéia da coletiva a pegar o celular para votar no Cristo Redentor como uma das sete maravilhas do mundo. Ensinou assim: vai no menu, torpedo 49 216, escreve CRISTO.