Muita pedraria Swarovski (linha Crystalized, boa de patrocínio), estampas em vermelho e azul, blusas de seda com babadinhos em volta de grandes palas redondas. Um ar campônio-boêmio (boêmio de Leste europeu), botinhas de salto recuado. Uma bela apresentação, no perfil dos Gallianos da vida, muito rica em detalhes e perfeita no styling e
costura, como sempre. O melhor de tudo é constatar que Herch (ok, pode me chamar de Ie, estou acostumada) é um cara fiel. Fiel aos seus próprios padrões, já que a cada coleção nestes quase 20 anos de trabalho (ou mais? Nossos enfants terribles viraram senhores terribles), vemos os xadrezes vermelhos, os sapatos abotinados, a alfaiataria em diversas versões – desta vez, há casacos com abotoamento na barra, deliciososo – e as calças de barra estreita. A amiga e cantora maravilhosa, Jeanine Marques, sempre faz parte do elenco, e é a mão que ele segura na fila dos agradecimentos.
Foi bonito, o desfile. Com o peso do luxo das pedras e peles, o exotismo das estampas e do styling de cabeças cobertas por lenços. Bonito mesmo.
Intervalo / castigo para a fila A: substituíram as cadeiras por bancos coletivos. As bundas disputam cada centímetro / Patty Wilson é stylist internacional. Mas dá medo, ver como ela fica horas muda e imóvel / Carol Trentini, craque em passarelas, quase tropeçou em um raio de um Crystalized solto no caminho de volta para o camarim