Na Cruise Line da Dior, apresentada nesta semana, Maria Grazia Chiuri deixou de lado o estilo fácil de vestir. A inspiração nas mulheres amazonas mexicanas resultou em saias longas e rodadas, bordados e flores, além de chapéus típicos. Quase tudo em preto e branco, e em geral usando contrastes de formas para atualizar o jeito, e reduzir o visual fantasioso.

Uma referência importante é o livro A Casa dos Espíritos, da chilena Isabel Allende.

A locação das fotos, no entanto, não foi nem no Chile nem no México. O bom-senso (imagino o trabalho de levar coleção, modelos, fotógrafos e equipes para estas locações distantes) levou a produção a ser feita em Chantilly, cidade de tradições equestres e centro de indústrias de renda.

As amazonas da Dior foram fotografadas em Chantilly, na França (foto Estelle Hanania / divulgação)

Pontos fortes

As saias amplas são usadas com jaquetas justas (aí está o usável da coleção, a jaqueta)

A Toile de Jouy foi bastante usada, mas acrescida de tigres e serpentes nas paisagens bucólicas tradicionais.

Botas de borracha quebram a formalidade das rendas

Muito tule, dando leveza, em vermelhos ou tons pastéis

Camisas masculinas brancas ou listradas

Smoking slim

E mais / Cruise Line é a coleção intermediária entre inverno e verão, os lançamentos do hemisfério norte. Como se fosse a linha de cruzeiro, já que os navios de cruzeiro navegam nesta época pelo Caribe, ilhas gregas, etc / as amazonas mexicanas são as escaramuzas. Elas são autorizadas a participar das charreadas, esporte equestre com manobras difíceis / os chapéus de abas largas são feitos pelo Stephen Jones / além do casaco Bar, ícone criado por Christian Dior, parte do New Look, há também o Drag, de vestidos plissados criados por Dior em 1948 / outro detalhe tradicional revisitado é a bolsa Saddle (sela, em inglês)